Casos de estudo: Produtores de leguminosas

Atualmente, Portugal (tal como a maioria dos países europeus que paulatinamente foram abandonando o cultivo de leguminosas) depende fortemente da importação de leguminosas para suportar os níveis internos de consumo.

A produção de leguminosas em Portugal apresentou uma tendência decrescente após a década de 90, atingindo valores de produção abaixo das 5000 toneladas entre 2005 e 2010 (INE, 2022c). Entre 2000 e 2015 a produção manteve-se constante, correspondendo a cerca de 0,03% do total produzido a nível mundial (Associação Portuguesa dos Nutricionistas, 2016).

Após 2015, contudo, tem se observado uma tendência crescente na produção de leguminosas secas, sendo que, em particular a produção de ervilha e fava (contabilizada após 2011), apresentam uma proeminente tendência de produção crescente.

Adequação do solo à produção de leguminosas

Dentro das várias espécies existentes de leguminosas, encontram-se opções com diferentes características que permitem a adaptação a solos de natureza distinta, tais como culturas adaptadas a solos mais ácidos, como o tremoço, outras a solos mais básicos como a fava e o grão-de-bico, e outras com uma ampla capacidade de adaptação, como as lentilhas.

Em relação à textura dos solos é possível encontrar uma cultura leguminosa que esteja adaptada às condições do terreno:

● As faveiras preferem solos de textura média-fina a fina (desde que bem drenados)

● As ervilhas e grão-de-bico preferem solos de textura média

● Os tremoços preferem solos de textura média-grosseira a grosseira