Um sistema de produção (in)sustentável
O modo de consumo e de produção alimentar dos portugueses, em muito assente na proteína animal, representa uma das maiores contribuições para a emissão de gases com efeito de estufa (GEE), perda e diminuição da biodiversidade, impactos negativos sobre as bacias hidrográficas e qualidade da água.
Pesquisas sugerem que, se todos mudassem para uma dieta de base vegetal, reduziríamos substancialmente o uso global da terra agrícola, sendo que tal redução seria possível graças a uma diminuição de terra usada para pastagens e a uma menor necessidade de uso de terra para cultivo.
O atual sistema alimentar caracteriza-se pela sua insustentabilidade
Embora o total dos setores associados à produção animal para consumo humano sejam responsáveis pela ocupação de mais de 80% de toda a superfície agrícola do planeta, apenas contribuem para suprir 18% das necessidades calóricas da população e com cerca de 37% das necessidades proteicas.
O consumo alimentar representa mais 30% da pegada ecológica de Portugal, sendo que o setor dos transportes e mobilidade contribui com cerca de 18%. Assim, é determinante tornar o consumo alimentar mais sustentável para reduzir os impactos ambientais.
Fezes, urina, restos de ração animal, resíduos resultantes da limpeza de equipamentos e até animais mortos vão parar às águas do rio que é a principal fonte de água da região. Quem sofre? Os rios Lis, em Leiria, Neiva, em Viana do Castelo, Noéme, na Guarda e muitos outros, com consequente perda de qualidade de vida dos habitantes.
• Emissões de gases com efeito de estufa
- Em Portugal, o setor dos transportes é o principal responsável pelas emissões de gases com efeito de estufa, a que se segue o da produção e transformação de energia. O setor da agricultura, por sua vez, representa cerca de 13% de todas as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) a nível nacional, sendo que estas dizem sobretudo respeito às emissões de metano e óxido nitroso.
• Ameaças à biodiversidade, à qualidade da água e dos solos
- A indústria agropecuária tem contribuído para a ameaça à biodiversidade, por intermédio, entre outros, da poluição dos reservatórios e cursos de água. Inúmeras espécies de plantas, em Portugal, constam na lista de espécies diretamente ameaçadas por este impacto e pela utilização excessiva de adubos na atividade agrícola.
- Mas a agropecuária não fica por aqui. Ameaça igualmente a qualidade dos recursos hídricos, maioritariamente devido à poluição gerada pelas descargas de efluentes que são depositados frequentemente em rios e noutros cursos de água agropecuária tem contribuído para a ameaça à biodiversidade, por intermédio da poluição dos reservatórios de cursos de água. Pelo menos 53 espécies de plantas, em Portugal, constam na lista de espécies diretamente ameaçadas por este impacto e pela utilização.
O consumo alimentar representa 32% da pegada global do nosso país, a maior parcela da sua pegada ecológica, sendo que o setor dos transportes e mobilidade contribui com cerca de 18%, constituindo ambos pontos críticos de intervenção pública, com vista à redução da pegada.
Fezes, urina, restos de ração animal, resíduos resultantes da limpeza de equipamentos e até animais mortos vão parar às águas do rio que é a principal fonte de água da região. Quem sofre? Os rios Lis, em Leiria, Neiva, em Viana do Castelo, Noéme, na Guarda e muitos outros, com consequente perda de qualidade de vida dos habitantes da região.
• Emissões de gases com efeito de estufa
- Em Portugal, o setor dos transportes é o principal responsável pelas emissões de gases com efeito de estufa (28%), a que se segue o da produção e transformação de energia (20,5%). O setor da agricultura, por sua vez, representa cerca de 10,8% de todas as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) a nível nacional, sendo que estas dizem sobretudo respeito às emissões de metano e óxido nitroso.
• Ameaças à biodiversidade, à qualidade da água e dos solos
- A indústria agropecuária tem contribuído para a ameaça à biodiversidade, por intermédio da poluição dos reservatórios e cursos de água. Pelo menos 53 espécies de plantas, em Portugal, constam na lista de espécies diretamente ameaçadas por este impacto e pela utilização excessiva de adubos na atividade agrícola.
- Mas a agropecuária não fica por aqui. Ameaça igualmente a qualidade dos recursos hídricos, maioritariamente devido à poluição gerada pelas descargas de efluentes que são depositados frequentemente em rios e noutros cursos de água.
Inverter a tendência insustentável na alimentação humana depende de duas intervenções fundamentais:
Transformar o sistema de produção alimentar, favorecendo-se a produção de alimentos de origem vegetal com elevada densidade nutricional e privilegiando-se uma produção local e de reduzida pegada ecológica.
Reformar a forma de produção e distribuição de alimento, nomeadamente através de medidas que garantam um maior aproveitamento de recursos alimentares e que combatam o desperdício.
Se tudo o que resultasse da produção agrícola sustentável fosse canalizada, tendo como único fim direto o de alimentar a população mundial, em vez de ser reconvertida em carne e outros subprodutos de origem animal, isto poderia contribuir para alimentar as 10 mil milhões de pessoas que deverão existir em 2050.
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